quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vaticano e os seus representantes, que semelhança?

Nomeada para o Conselho Pont. Família do Vaticano

Parabéns Drª. Passou nos Testes, como proteger pedófilos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Teresa Costa Macedo nega autoria de lista de supostos pedófilos apesar de relatórios contrários

13 de Dezembro, 2010 in Sol


 
A ex-secretária de Estado da Família Teresa Costa Macedo negou hoje em tribunal ter escrito uma lista de alegados membros de uma rede pedófila, apesar de análises da polícia científica considerarem «muito provável» que a tenha redigido.
Só a falta de documentos com «escrita espontânea» da ex-governante para comparar com a letra das anotações impediu as especialistas da polícia científica ouvidas em tribunal de concluir com a máxima certeza que Costa Macedo escreveu os nomes na folha que a jornalista Felícia Cabrita afirma ter recebido da ex-secretária de Estado.
Teresa Costa Macedo, que começou hoje a responder em tribunal por falsidade de testemunho e difamação, negou reiteradamente ter escrito a lista e tê-la entregue à então jornalista da SIC durante a emissão do programa Hora Extra, que analisou em 26 de Novembro de 2002 o escândalo de pedofilia na Casa Pia, revelado no semanário Expresso dias antes.
Felícia Cabrita afirmou ter a certeza de que Teresa Costa Macedo lhe fez chegar a folha durante a emissão em direto do programa.
Durante o julgamento do processo Casa Pia, Teresa Costa Macedo negou a autoria das anotações, o que levou Felícia Cabrita a apresentar a folha em tribunal e decidir apresentar queixa por difamação, argumentando que ao negar ter escrito os nomes, a ex-governante está a sugerir que a jornalista forjou a lista ou tentou simular a sua letra. Na sequência da queixa de Felícia Cabrita, o Ministério Público acusou Teresa Costa Macedo de falsificação de declarações no julgamento do caso Casa Pia.
Duas especialistas do laboratório de polícia científica da Polícia Judiciária ouvidas por videoconferência afirmaram ter considerado «muito provável» que a letra com que foram escritos os nomes seja de Costa Macedo e não de Felícia Cabrita.
Uma classificação de «muitíssimo provável» seria «muito perto da certeza absoluta» mas as peritas afirmaram não a ter atribuído porque as amostras de caligrafia de Teresa Costa Macedo que tiveram para comparar eram «muito desenhadas» e com letras pouco perceptíveis.
Teresa Costa Macedo reiterou que nunca ouviu os nomes que constam na lista, excepto dois arguidos do processo Casa Pia, o embaixador Jorge Ritto e o apresentador de televisão Carlos Cruz, referidos em dois relatórios internos da instituição que possuía, relacionados com o desaparecimento de dois alunos que foram alegadamente encontrados em casa do embaixador.
«Que me lembre, nunca escrevi aqueles nomes», declarou Teresa Costa Macedo, cuja defesa insistiu em que o relatório da polícia científica não dá uma certeza absoluta e argumentou que nas imagens televisivas do programa não há registo de ter passado a folha a Felícia Cabrita, directa ou indirectamente.
A jornalista contrapôs que numa emissão em directo um gesto desses seria «tudo o que não deve ser filmado».
«Continuo sem perceber como é que uma pessoa que se ofereceu para desmascarar uma rede fez um recuo tão grande, que foi cada vez maior. Por alguma razão recuou, mas não faço ideia porquê», salientou a jornalista, afirmando que no primeiro contacto com Teresa Costa Macedo enquanto fazia a sua investigação, esta manifestou «total abertura» para revelar nomes de alegados pedófilos.
O julgamento prossegue na terça-feira no sexto juízo criminal no Campus da Justiça, em Lisboa.


Coitada da Srª. Deve sofrer de Alzheimer...será difícil provar que está a mentir? Só se der jeito.

domingo, 14 de novembro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Apito Dourado - Novas Escutas

Depois de ouvirmos as escutas de há uns meses e destas novas claras como a água e saber que nenhum Juíz considerou-as como válidas, haverá ainda alguém que não considere possível minar uma investigação policial e judicial de forma a que este ou aquele não sejam condenados neste País?
Como é possível? Porque alguém se soube mexer muitíssimo bem, de outra forma não faz sentido. Nem sequer tem lógica.

E atenção, não falamos de Futebol, isso pouco nos importa. Falamos de investigações judiciais, neste caso de corrupção. Febres futebolísticas não são para aqui chamadas.

Por isso é que achamos que o que está escrito anteriormente neste site nada de especial tem e que é perfeitamente viável de acontecer. Até porque os envolvidos têm certamente mais Poder que o Joaquim Oliveira, Pinto da Costa, Valentim Loureiro e o Américo Amorim (para quem não sabe, o verdadeiro manda-chuva da SAD Portista).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pergunta ao Dr. José Maria Martins

Se sabe qual o papel de Jaime Gama, porque não o refere publicamente? Sabemos que você sabe. E olhe que sabemos do que sabe. Mas como já avisámos, só publicamos algo que tenha já sido referido anteriormente.

Advogado de Carlos Silvino, o Bibi da Casa Pia, recorda os tempos em que era polícia na 21.ª Esquadra do Parque Eduardo VII

"Entrevista

"Não acredito que seja feita justiça no processo Casa Pia"

Advogado de Carlos Silvino, o Bibi da Casa Pia, recorda os tempos em que era polícia na 21.ª Esquadra do Parque Eduardo VII
José Maria Martins tornou-se um advogado famoso ao assumir a defesa de José Silvino, mais conhecido por Bibi, o principal arguido do processo Casa Pia. No mês em que se assinalam sete anos desde que, pela primeira vez, foram tornados públicos os abusos sexuais sobre menores na instituição do Estado, recebe o i no seu escritório na Defensores de Chaves em Lisboa. Polémico como sempre, defende que a juíza responsável pelo processo, Ana Peres, não tem "condições nenhumas neste momento" para continuar à frente do julgamento. O advogado não acredita "com toda a consciência" que algum dia seja feita justiça aos abusadores e às vítimas da Casa Pia - e atira todas as responsabilidades para o Partido Socialista e o "submundo da política que é a maçonaria". Uma obsessão que se repete numa conversa longa e não aconselhável a menores de 18 anos.


Chegados a 2009 qual é o ponto da situação do processo Casa Pia?


Estou céptico, porque a população portuguesa já não acredita no sistema de justiça. Já tive oportunidade de dizer isso à sra. dra. juíza. Ninguém acredita que o processo seja imparcial. São quase cinco anos de julgamento e andamos a marcar passo. Completamente, ao sabor dos interesses políticos do PS.


O que pode mudar?


O Conselho Superior da Magistratura tem de estar lá a apoiar nesta situação. Estou a recordar-me de que juntei ao processo uma cópia da sentença do processo 11 de Março dos tribunais espanhóis, em que houve mais de 400 homicídios em Madrid e quase 2 mil homicídios tentados e o julgamento foi feito em quatro meses, tínhamos organizações criminais por trás, com pessoas a ser julgadas a partir da prisão de Milão. No julgamento da Casa Pia é o poder político que o tem travado, não tenho a mínima dúvida que tem havido pressões sobre os magistrados para não cumprir os prazos, andamos ali, não tem sentido nenhum.


Como têm corrido as audiências, qual o ambiente no tribunal?


O tribunal vai deixando fazer tudo aquilo que é necessário para se prolongar o julgamento. Estar cinco anos a discutir uma acusação contra seis ou sete pessoas com vinte e poucas vítimas, com vinte e poucos queixosos, não é possível, prejudicando os advogados, como eu, que comecei a defender o sr. Carlos Silvino sem cobrar dinheiro, sem honorários. A páginas tantas, aquilo foi-se prolongando, ouvindo as mesmas testemunhas dez, quinze ou vinte vezes...


Como caracteriza a juíza Ana Peres, responsável pelo julgamento?


Ela sabe o que penso dela. Entendo que não tem condições nenhumas neste momento para continuar à frente deste julgamento. Já lhe disse isso directamente. Já ninguém acredita, as pessoas que me contactam todos os dias, e têm sido milhares de pessoas que me encontram na rua, que me conhecem, que sabem que estou ali numa cruzada sozinho contra o poder - as pessoas notam aquilo que eu disse: já ninguém acredita neste processo.


Não acredita que no processo Casa Pia seja feita justiça?


Não acredito. Com toda a consciência, não acredito que seja feita justiça no processo Casa Pia.


Há pessoas que deviam ser condenadas neste processo?


Há, sim.


Quem?


Todas. Todas elas. É claro que isto é um processo político em que o Partido Socialista se envolveu ainda na oposição. O Partido Socialista só consegue isto mesmo na oposição porque domina o submundo da política, que é a maçonaria. É aquilo que, como dizia um dia destes um magistrado, no caso um juiz da Relação, o juiz que é maçon vê-se confrontado com irmãos da mesma loja de grau superior, os mestres, sentados no banco dos réus. É impossível, porque na maçonaria, há códigos e leis próprias entre os irmãos.


Está a acusar o Partido Socialista de proteger a maçonaria?


Sim, sem dúvida nenhuma. Nem que me cortassem o pescoço eu diria o contrário.


Não teme ser processado?


Não, eu fui polícia e combati-os, trabalhei nos tribunais e combati-os.


Como acabou por defender Carlos Silvino, o Bibi?


Estava a defender 11 jovens em Odemira quando o Carlos Cruz foi detido, todos eles acusados de abusos sexuais e foram todos absolvidos. O julgamento estava a decorrer, quando o Carlos Cruz e todos os outros foram detidos. E o sr. Carlos Silvino soube daquilo, falou com o advogado que tinha na altura e ele convidou--me para colaborar. Eram todos jovens licenciados, dois até filhos de deputados do PS.


E está a defender Carlos Silvino ...


Na altura aceitei, com o pressuposto de que já conhecia o assunto. Até porque ele próprio, o Carlos Silvino, também tinha sido vítima de abusos sexuais. Há relatórios de um grande hospital deste país, o Magalhães Lemos, que provam que o Carlos Silvino foi abusado e criou a sua personalidade nesse contexto.


A sua estratégia de colaboração com a justiça não pode acabar por resultar que o único condenado neste processo seja o próprio Carlos Silvino?


Não, só quero ter a consciência tranquila em relação àquilo que a lei me permita que faça. Carlos Silvino quis colaborar - e colaborou. Ainda agora recentemente nós soubemos que o dr. Oliveira Costa vai colaborar no processo do BPN, já foi para a casa, já tem uma pulseira electrónica, qualquer dia vai fora, portanto a colaboração também é uma forma de a pessoa se defender.


Acredita então que Carlos Silvino não vai ser condenado à prisão?


Não disse isso. Pode levar uma pena de prisão até cinco anos, mas suspensa na sua execução.


Suspensa...


Foi isso que pedi. E penso que o Estado foi negligente e estragou a vida a milhares de jovens da Casa Pia, que os meteu naquela enxovia onde os abusos sexuais eram muitos - há várias pessoas já condenadas noutros processos que entretanto foram abertos -, em que há um sistema clássico de antes muito do 25 de Abril em termos mentais, como não havia raparigas, como as escolas nem eram com sexo feminino e masculino, toda a gente estava lá a querer relações sexuais com o outro.


Qual é a relação que tem com as vítimas de pedofilia na Casa Pia. O que pensa destas pessoas?


Penso que são jovens, incluo o Carlos Silvino, porque houve vários jovens da Casa Pia que se referiram a ele, que até lhe perdoaram em julgamento, que disseram que como casapiano também sofreu o mesmo. São crianças e jovens por quem tenho muito respeito e sinto muita pena. Não digo isto com sentido pejorativo, mas porque não têm pai nem mãe. Sendo oriundos de famílias pobres, o Estado quando tomou conta deles devia ter cuidado da sua saúde mental, do seu crescimento, como um bom pai ou uma boa mãe. São jovens marcados, carne para canhão. Os meninos do regime, os ricos, os que tinham relações, iam lá buscá-los, aquilo era um aviário.


Faz uma distinção entre os que abusaram e foram abusados - e os que só foram abusados? O que os distingue, como os caracteriza?


Há vários factores que condicionam o desenvolvimento e a formação das pessoas, entre os quais o grupo, como meio social. Quem cresce no Palácio de Belém com certeza que tem uma ideia do mundo diferente. Quem entra para uma instituição onde o abuso sexual e a violência são a normalidade, cresce como se isso fosse a normalidade. Nos manuais de Psicologia do 10.o ano todos aprendemos a história das crianças-lobo que foram encontradas nas florestas de França do início do séc. XIX, criadas por lobos, que, levadas para Paris, morreram poucos anos depois e nunca se conseguiram socializar. De pequenino é que se torce o pepino - e é mesmo assim. Indo para a Casa Pia, o normal era abusar e ser abusado.


E os abusadores que não viveram na Casa Pia?


Havia abusadores internos e externos.


Quero que fale sobre os externos, qual é a sua opinião como advogado destas pessoas?


Há imensos indivíduos, que são doentes mentais, que entendem que podem ter prazer sexual com crianças pequeninas, com sete, oito, nove, dez anos. Até dias, meses. Têm uma personalidade completamente deformada. São doentes mentais.


E são por isso inimputáveis?


Não, não são inimputáveis. São imputáveis, porque eles sabem perfeitamente o que fazem: querem tirar prazer do sofrimento dos outros.


Há alguém que não está neste processo e deveria estar acusado?


Há. Tenho essa convicção. Fui polícia no Parque Eduardo VII, na esquadra, na 21a, de Julho de 1982 até Outubro de 2003, quando deixei a PSP e comecei a frequentar a Faculdade de Direito. Encontrei lá de tudo, miúdos da Casa Pia...


Contaram-me uma história de que chegou a puxar da pistola...


Nós fazíamos patrulha da 1 às 7 da manhã, por exemplo, fiz muitas vezes isso e encontrávamos sempre muitos miúdos que os homossexuais chamavam "arrebentas", miúdos pobres, geralmente pobres, e havia crianças também, novinhas, de 11, 12, 13, 15 anos, de várias instituições da Casa Pia que, como patrulheiro, com outro colega, quando as apanhávamos, levávamos para a esquadra, contactávamos as instituições - as chefias, não eu. Depois eram encaminhados. Nunca houve um caso... Muitos casos, um polícia no Parque Eduardo VII à noite é confrontado com muitos casos, desde a homossexualidade normal, a vida é assim, até crianças vítimas de abusos de indivíduos completamente tarados, dementes, que não sabem o que é respeitar as crianças. Situações degradantes, de miséria, [crianças] a precisar de comprar as coisas mais banais.


Como viu o desfecho do caso Paulo Pedroso?


Toda a gente sabe que o meu cliente disse que o Paulo Pedroso é culpado.


E acredita no seu cliente?


Tenho de acreditar no meu cliente, se não acreditasse não o estava a defender. Mas há factos objectivos, há pessoas que o conhecem, há dados concretos de que o dr. Paulo Pedroso em 1991, pelo menos, estava a fazer entrevistas a miúdos da Casa Pia, o que ele sempre desmentiu até eu o ter confrontado com o seu próprio livro, que conseguimos descobrir e que apresentei no processo. Portanto, o dr. Paulo Pedroso terá feito na Casa Pia mais de 700 entrevistas. Estas coisas começam a bater certo com o que os miúdos dizem, as datas, 1991, 1992. O meu cliente sempre confirmou que o viu, descreveu até a camisa, as calças, quando foi, numa reunião na Casa Pia.


E se o dr. Paulo Pedroso lhe tivesse pedido para o representar como advogado no processo Casa Pia?


Se ele na altura me tem falado não teria problema em defendê-lo, depende da perspectiva que ele quisesse tomar no processo, porque um advogado não é obrigado a defender ninguém que não esteja de acordo com a estratégia de defesa. Se Carlos Silvino não tivesse colaborado eu não o defendia. Não tenho nada de pessoal contra ninguém, os advogados não podem ser damas de honor, não recebem sempre gente inocente.


Mas o senhor falou do espírito de cruzada que o alimenta como advogado...


A partir do momento em que defendo o Carlos Silvino, vejo todo um sistema político em relação à Casa Pia, que todos nós pagamos porque é do Estado. Se o meu cliente aceita colaborar com a justiça, a partir dali tenho de vestir a pele do cliente. Claro que um advogado também defende causas injustas.


Quem mais devia estar sentado no banco dos réus da Casa Pia?


Várias pessoas.


Ligadas ao PS?


Também. E a outros partidos. Outras pessoas que deviam lá estar e não estão.


Mas durante o julgamento falou da influência do poder político?


Os miúdos falaram do PS. Não sei porque não falaram de outros. Agora, o que os partidos não podem fazer é uma troca de cromos. O que o PS fez foi atacar o PSD e fazer publicar no "Le Point" um artigo em que atacava dois ministros do PSD. Se alguém do PS, CDS ou de outro partido tem informações, que as denuncie. Agora, manobras de bastidores? O PS utilizou a estratégia de "la attention", que foi a mesma que a CIA utilizou em Itália - fazendo atentados, matando pessoas e imputando ao Partido Comunista as culpas, como lembra a história.


É hoje mais próximo do PSD?


Não. Estive 22 anos no PS. E saí em divergências quanto à linhas políticas para a justiça e para a PSP. Mandei entregar uma carta de sete ou oito páginas à Presidência do Conselho de Ministros.


Voltando ao caso Casa Pia. Psicologicamente, como está o seu cliente?


Passaram sete anos. Está reformado, Vive com uma pensão do Estado. Vive preso com a protecção policial que lhe foi imposta desde que saiu da prisão.


Está deprimido?


É um homem que nunca teve infância, juventude, nem velhice...


E os outros acusados no processo?


Não me quero meter nisso, mas o Carlos Cruz saberá muita coisa. Este processo só se manteve assim porque há fortes pressões políticas para abafar isto.


O advogado de Carlos Cruz - Serra Lopes - não é propriamente uma pessoa próxima do PS. Houve um episódio que ficou célebre, quando usou termos menos próprios...


Tenho uma relação razoável com ele. O que disse na altura foi o que pensei. E mantenho o que disse.


Foi processado?


Sim. E fui condenado. Paguei uma multa.


Já passaram sete anos desde o início do processo. Como está hoje o ambiente no tribunal?


Toda aquela gente é igual e o único que está a tocar um instrumento diferente sou eu. E eu não sou vendável nem manobrável. O sistema movimentou-se todo.


O Ministério Público poderia ter feito melhor no início da investigação?


Podia ter feito muito mais. Mas o Ministério Público não tem de estar do meu lado, não quero nenhum favor, tem é de ser imparcial.


Os métodos de investigação deviam ter sido outros?


Não podiam porque o poder político movimentou-se sobre a Polícia Judiciária e o Ministério Público. E tentou, de uma forma mortal, castrar a investigação e mesmo o juiz Rui Teixeira. Hoje, o que os portugueses esclarecidos podem ver é um sistema igual ao da ditadura. Não há diferença nenhuma.


Que pode ser feito contra isso?


Só quando os portugueses tiverem coragem para responder. O PS está a destruir completamente o Estado de Direito. E não há forças que se oponham porque o PSD está fragilizado. Temo uma revolta popular. O Estado vai mantendo esta paz podre com subsídios e inserção social.


Como vê este novo caso das escutas. E o processo Face Oculta?


O primeiro-ministro só pode ser escutado se houver uma ordem do Supremo. Mas se ele for escutado noutra conversa, isso não pode constituir base para crime. Não pode ser. O PS alterou a lei para se proteger, é pior que o Berlusconi. É uma impunidade total. José Sócrates, que ninguém conhecia, está a tornar Portugal uma aldeia da Idade Média.


Quando espera a decisão do tribunal? E o prazo?


O Estado português está há três anos a pagar a juízes que só estão neste processo. São despesas brutais. Mas vou esperar pela decisão.


Quanto já lhe custou todo este processo?


Não tenho números, não faço essas contas. Financeiramente custou muito mas também há prazeres no meio de tudo isto. Adoro lutar contra o poder. Fui formado numa família muito religiosa, fui funcionário público, fui polícia. Aprendi a lutar contra tudo isto. Estive no caso da Dona Branca, nas FP-25...


Como olha para a reforma do processo penal?


Foi uma reforma que resultou da necessidade de o Partido Socialista ter de travar o processo Casa Pia. O PSD e o CDS na altura foram a reboque, talvez porque tivessem também telhados de vidro. O mal não está todo no Partido Socialista, como é óbvio, está no sistema e na mentalidade dos políticos, que há uns anos não eram nada e hoje têm tudo.


E qual é a sua opinião sobre o actual procurador-geral da República, Pinto Monteiro?


O procurador-geral da República foi nomeado pelo PS e eu entendo que não deveria estar na Procuradoria. Não é normal que um procurador-geral diga que está a ser escutado, não é normal ter o comportamento que teve no processo Face Oculta. O procurador é sempre, foi sempre, um homem do sistema.


E sobre o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto?


É um homem do PS e nunca o vi defender ninguém em julgamento. Sempre que o oiço falar é a falar a favor do Partido Socialista.


Preferia os antecessores de Marinho Pinho, nomeadamente José Miguel Júdice?


É óbvio que o dr. José Miguel Júdice foi o pilar da estratégia do Partido Socialista no processo Casa Pia. A Ordem dos Advogados dominou o caso todo, através do dr. José Miguel Júdice. Funcionou no processo como o pivô de toda a trama.


Ainda em relação à influência do poder político na justiça de que tanto fala, não lhe parece que a sua cruzada é um bocado inglória?


Como advogado, tenho ambições de ordem privada e de ordem pública. Qualquer advogado tem deveres para com o Estado português, a comunidade e a Ordem, além dos interesses do cliente.


Como lida ou lidou com a carga mediática que lhe trouxe o caso?


Fui-me habituando, fui percebendo a vossa função. Fui-me adaptando.


Teve retorno pessoal de tudo isto?


Apareceram-me processos em catadupa, mas só podemos trabalhar enquanto podemos, enquanto temos tempo e acabei com menos clientes do que tinha.


Como é que de repente aparece no semanário "Expresso" como o possível advogado de Saddam Hussein, o ex-ditador do Iraque?


Saddam Hussein era o melhor aliado dos Estados Unidos e de Portugal, que também lhe comprava armas. Os Estados Unidos usaram Saddam Hussein, armaram-no com armas químicas, bacteriológicas, aviões, para derrotar o Irão. Foi uma marioneta nas mãos dos Estados Unidos, as armas que usou para matar os inimigos eram americanas. Quando os Estados Unidos invadem o Iraque à procura de petróleo e prendem Saddam, formou-se um movimento em todo o mundo de juristas para tratar da sua defesa e convidaram-me para fazer parte. Fui contactado, como já fui para outros lados. Saddam Hussein devia ter direito a um processo justo."
in Ionline - Publicado em 14 de Novembro de 2009

Devemos dizer que gostámos muito desta entrevista. Se sabe porque não o diz? Desafiamos que o diga. Já afirmou publicamente que o Portas é a "Catherine Deneuve". Só achamos rebuscado que ache que a reportagem do Le Point foi encomendada pelo PS, quando admitiu que o conteúdo da mesma era verdade. Isso não faz sentido. Coerência, por favor.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Que ligação Frank Carlucci - Artur Albarran e a Casa Pia?

"Euroamer is headed by Mr Frank Carlucci, a former Defence Secretary of the United States of America, and head of the Carlisle Group, a large US business group. The directors include Mr Sherman Lewis, the CEO of Lehman Brothers, Mr Fred Melek, Director of North West Airlines and Chairman of Thayer Partners,  Mr Artur Albarran who developed commercial and residential projects in Portugal, Spain, Angola and Mozambique, Mr Jack Kemp who was a Vice-Presidential candidate, Mr Tony Coehlo, Campaign Director for Mr Al Gore, Mr Terence McAuliff, head fund raiser for the Democratic Party. The Indian partner Mr Uday B Garudachar of Garuda Builders Pvt Ltd, is a respected name in the Indian real estate business. An engineering graduate from Bangalore University, he has been in the building industry for over a decade. "

Lendo os textos com atenção mais atrás...diriamos que o A. Albarran passava o tempo muito sorridente...

Moita Flores acusa director da PSP de inventar teoria da cabala

"Moita Flores acusa director da PSP de inventar teoria da cabala

Orlando Romano apontado como o homem que "vendeu" aos jornais tese de que grupo queria inocentar arguidos, através de acusações aos socialistas. Director nacional diz que o que se passa em tribunal é "um assunto sério" pelo qual cada um deve ser responsabilizado
O ex-inspector da Polícia Judiciária e actual presidente da Câmara Municipal de Santarém, Moita Flores, acusou, no tribunal que julga o processo Casa Pia, Orlando Romano, director-nacional da PSP à data destas acusações (Novembro de 2006) de ser o autor da tese segundo a qual a investigação do caso de pedofilia se trataria de uma cabala contra o PS e de o colocar no centro dessa estratégia, devido a um conflito antigo entre ambos.
A testemunha respondia a perguntas do advogado de Carlos Silvino, que o confrontou com notícias saídas nos jornais, durante a investigação deste processo, que o dão como principal elemento de um grupo que se dedicava a "incriminar inocentes e a inocentar culpados". Neste caso, "o senhor quis inocentar Carlos Cruz, com quem trabalhou no Euro 2004?", perguntou José Maria Martins. Moita Flores negou, afirmando que nunca "branqueou ninguém", mas que também sempre fez "os possíveis para não denegrir ninguém".
Conflito antigo
Confrontado depois com uma carta que, na altura, enviou ao secretário-geral do Partido Socialista, Ferro Rodrigues - em que defende a honra dos elementos do grupo citados pelos jornais e o seu próprio - Moita Flores refere "um conflito" pessoal e antigo, com um magistrado do Ministério Público e acusa-o de ter sido ele "a vender" a tese da cabala. Orlando Romano, como depois especificou, já em resposta a perguntas do advogado de Cruz, terá feito isso devido "a quezílias antigas" entre os dois, surgidas no âmbito de "outro grande julgamento e de outro grande caso".
Questionado por Ricardo Sá Fernandes sobre se tinha conhecimento de que aquele grupo se concertasse "no sentido de branquear os arguidos, culpando pessoas do PS", a testemunha defendeu que se trata de pessoas de "grande craveira" , incapazes de fazer tal coisa, e voltou a referir que a invenção partiu de Orlando Romano, à época, director da Polícia Judiciária.
Contactado pelo JN, o então director nacional da PSP fez um comentário, através do gabinete de relações públicas, em que afirma: "Confirmaria ter inventado esta e muitas outras cabalas pelas quais, porém, nada recebi dos compradores, se o que se passa em tribunal não fosse um assunto sério pelo qual cada um deverá ser responsabilizado".
O jornalista que sabia tudo
Moita Flores disse ainda que depois de se ter deslocado a primeira vez a Santa Clara, telefonou ao jornalista Jorge van Krieken a contar o que se tinha passado. Perante a indignação da juíza Ana Peres ( as testemunhas não devem contactar entre si), esclareceu que o referido jornalista "sabe tudo" o que se passa no tribunal e sabia já, até porque foram feitas declarações públicas, o que ele tinha dito.
Os advogados e o Ministério Público quiseram saber como é que o jornalista "sabe tudo", se a maioria das audiências decorreu à porta fechada. Moita emendou de novo explicando que o que queria dizer é que ele sabe tudo sobre o processo em causa.

 
 
 
in JN - 2008-02-28
 
Uma variação do que saiu no Jornal O Crime.

Carlos Cruz e Moita Flores não vão responder em tribunal em processo de difamação

"Carlos Cruz e Moita Flores não vão responder em tribunal em processo de difamação

O Tribunal do Seixal decidiu não levar a julgamento, por difamação, o apresentador de televisão Carlos Cruz e o presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores, num processo em que é queixoso o ex-inspector da Judiciária Jorge Cleto.
De acordo com o Despacho de Pronúncia, a que a agência Lusa teve acesso, o Tribunal do Seixal entendeu não pronunciar os arguidos Carlos Cruz e Francisco Moita Flores pelo crime de difamação de que estavam acusados, devido à «inexistência de indícios suficientes da prática» deste ilícito.
O caso remonta a 2005 e surgiu após uma entrevista televisiva em que o ex-inspector da PJ Jorge Cleto afirmava ter visto uma fotografia de Carlos Cruz com um menor, numa situação que configurava abuso sexual.
Em entrevista ao jornal "24 Horas" a propósito da reportagem televisiva, Carlos Cruz afirmou que esta acusação provinha de uma pessoa, o ex-agente da PJ, que cumprira pena de prisão por burla e outros crimes de natureza patrimonial. Segundo o apresentador, esta informação foi-lhe transmitida pelo antigo agente da PJ e seu amigo Moita Flores.
Jorge Cleto não gostou e decidiu processar Carlos Cruz e Moita Flores por difamação, tendo os dois sido acusados do crime, mas afastados do julgamento por decisão de um juiz de instrução, que concluiu não existirem indícios da prática do crime, nem dolo.
A acusação particular de Jorge Cleto não foi acompanhada pelo Ministério Público, como é referido no despacho de pronúncia.
No despacho, o juiz de instrução refere que, «na verdade, o assistente [o queixoso] não alega qualquer facto donde decorra a existência de dolo, na atitude dos arguidos, nem da consciência dos mesmos da ilicitude das suas condutas».
O juiz de instrução aponta que os arguidos imputaram ao ex-inspector Jorge Cleto «factos verídicos» e que «não é lícito concluir que os tenha movido qualquer intuito de denegrir a honra ou consideração do assistente e muito menos que tenham agido de forma a prever tal possibilidade».
O tribunal entendeu ainda que a responsabilidade dos arguidos a título de negligência está excluída."

in Destak - 25-07-2007   09.39H

Abrantes envolve CDS no processo Casa Pia

"Abrantes envolve CDS no processo Casa Pia

A defesa de Manuel Abrantes envolveu ontem o CDS no processo de pedofilia da Casa Pia, acusando Catalina Pestana, nomeada provedora pelo ministro centrista Bagão Félix, de ocultar documentos de uma das vítimas onde era feita referência a um ex-governante do CDS.



Minutos depois de ter dito que não acredita em cabalas, afirmando mesmo que se tivesse a mínima suspeição sobre uma eventual instrumentalização do processo não estaria a defender o ex-provedor-adjunto, o advogado Paulo Sá e Cunha acusou a Casa Pia de ter ocultado dados 'relevantes' sobre algumas vítimas.
Ao enumerar uma série de factos que classificou como 'factos muito insólitos que revelam caos na investigação', o defensor lembrou que Catalina Pestana guardou um documento manuscrito do braço-direito de ‘Bibi’ intitulado 'clientes da rede pedófila', onde estava escrito o nome de um ex-ministro do CDS.
'Não posso deixar de registar que este nome está aqui e eu não conheço outro. É estranho que este documento, que vale o que vale, feito por um assistente, tenha sido guardado por Catalina Pestana e não estivesse nos autos', disse Sá e Cunha, afirmando de seguida que a ex-provedora foi nomeada por um ministro do CDS e que, à data da divulgação do escândalo, a pasta da Justiça, com a tutela da PJ, estava nas mãos de Celeste Cardona, também do CDS. 'Este tipo de factos alimentam a tese da cabala', acrescentou, lembrando ainda que Manuel Abrantes foi nomeado pelo socialista Ferro Rodrigues. "

in Correio da Manhã, 19 Dezembro 2008


Mais do mesmo....

Arguido Carlos Cruz está a faltar ao prometido...

Prometeu colocar o Processo Judicial disponível on-line até final de Setembro. Faltam 19 min....

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nota de Editor

Já deu para ver que alguns de vós julgam que "alguém" está por trás deste blog. E estão. Mas não é nenhuma "Conspiração". Não temos nenhuma filiação política, corporativa, empresarial ou de amizade com absolutamente nenhum dos citados neste blog. Fazêmo-lo como hobbie e interesse pessoal. Nada mais. Aliás, nem é preciso uma efectuar uma grande investigação.
Basta ter interesse e estar atento, coisa rara neste Portugal. Neste Portugal engolem o que se é dado pela Imprensa e TV e tomam isso como garantido.

Nós não.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Artigo muito interessante que saiu no site do SMMP em 2008

"Teoria da conspiração mantém-se acesa há cinco anos. Órgão fiscalizador das secretas garante que não houve envolvimento

Foi a 9 de Maio de 2003 que Ferro Rodrigues, ex-líder do PS, se convenceu que o seu nome e o de Paulo Pedroso constavam do processo da Casa Pia. Até então, apenas tinha tido pequenas informações é `bocas’. Mas o fiscalista Saldanha Sanches deu-lhe mais uma: a origem da manipulação estava nos serviços secretos militares. Cinco anos depois, a “cabala” ainda está bem presente. Mário Soares pediu uma investigação e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público desafiou os Conselhos Superiores dos juízes e do MP a esclarecer tudo. Mas será possível provar uma conspiração?
A tese de `cabala’ foi alimentada, sobretudo, no Verão quente de 2003, após a prisão preventiva de Paulo Pedroso. É uma história de serviços secretos, influências ocultas e manipulação de depoimentos. E, essencialmente, explica-se assim: alguém manipulou o processo da Casa Pia para envolver figuras do PS. O motivo? Ferro Rodrigues, quando prestou declarações no processo (Junho de 2003), avançou duas hipóteses: liquidar a direcção socialista por si encabeçada e destruir a investigação do caso “para defender alguém que já esteja preso ou possa vir a ser”.
Caimoto Duarte, director do antigo Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (SIED), foi chamado a depor. E disse que jamais, em tempo algum, o serviço estaria por detrás de tal maquinação. O responsável pelo antigo SIEDM ainda fez questão de dizer que nenhum dos órgãos de fiscalização das secretas fez qualquer investigação interna. Já depois de 2004 também nada foi apurado, disse ao Expresso Jorge Bacelar Gouveia, presidente do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações. “Não foi detectada nenhuma violação de direitos e garantias devido à actuação desenquadrada de elementos dos serviços”, declarou.
Nos bastidores do poder havia muitos nomes. Um deles era Serradas Duarte, director da extinta DINFO. Em 2003, este comandante da Marinha trabalhava como assessor no Ministério da Administração Interna. Também prestou depoimento, sem acrescentar nada de novo.
As atenções de Ferro Rodrigues e António Costa também estavam viradas para Moita Flores, actual presidente da Câmara de Santarém. Alegadas movimentações do ex-inspector da Polícia Judiciária causavam estranheza à cúpula do PS. Posteriormente, Moita Flores atribuiu a autoria da “tese da cabala” a Orlando Romano, magistrado do MP próximo de António Costa. O actual autarca de Lisboa chegou a ligar Moita Flores à defesa de Carlos Cruz.
Ferro Rodrigues chegou a dizer que “percebeu que havia uma imensa pressão para que viesse a tomar uma atitude pública sobre o processo”. Isto antes de Pedroso ser detido, em Maio de 2003. Nada foi apurado. Santiago Camacho, jornalista espanhol, autor do livro ‘20 Grande Conspirações da História’, escreveu: “E possível que o século XXI seja o século da paranóia”. Será? C.R.L.

PERSONAGENS
• Caimoto Duarte, embaixador, ex-director do Serviço de Informações Estratégicas e Defesa.
• Pedro Serradas Duarte, director operacional da extinta DINFO, Divisão de Informações Militares.
• Moita Flores, antigo inspector da PJ, actualmente presidente da Câmara de Santarém.
• Pedro Guerra, jornalista, assessor de Paulo Portas.
• Marques Vidal, juiz conselheiro, antigo director nacional da PJ.
• Nuno Magalhães, deputado do CDS, ex-secretário de Estado da Administração Interna."

Autor: Carlos Rodrigues Lima
Data: Sábado, 04 de Outubro de 2008

Já viram bem o nome dos envolvidos no texto? Dos ditos personagens? Será coincidência? Vejam bem onde estes nomes aparecem nos textos ditos fantasiosos...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Reportagem de Felícia Cabrita de 2007

"Um ateliê em Lisboa, frequentado por artistas e outras figuras conhecidas, está a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito do novo caso de abusos sexuais envolvendo a Casa Pia"


"Um jovem de 14 anos, acolhido no Lar Cruz Filipe, já prestou declarações no inquérito, que é conduzido pelo procurador João Guerra (magistrado que investigou os casos de 2002).

O jovem acusa um educador, Paulo R., o qual servirá de intermediário, conduzindo os alunos ao referido ateliê. Este caso é muito recente e não constava da denúncia feita em Maio por Catalina Pestana.

As denúncias de José (nome fictício) são corroboradas por outros jovens contactados pelo SOL e que relatam os abusos sofridos. Os testemunhos fazem ainda referência ao caso de 2002: Manuel, de 16 anos, refere ter sido levado por Carlos Silvino a uma casa em Lisboa – e diz-se disposto a testemunhar às autoridades.

O educador Paulo R. – com quem o SOL tentou falar, sem êxito – foi suspenso na segunda-feira. A direcção da Casa Pia instaurou também um processo disciplinar a uma educadora por violação das regras de vigilância na instituição.

Joaquina Madeira, presidente da direcção da Casa Pia, disse quinta-feira, na RTP,  que não se está perante um problema nacional. Admitiu que continua a haver casos de abusos, mas não dentro da instituição, o que é contrariado pela investigação do SOL.

O Inverno tarda em chegar: nem frio, nem chuva. São quatro da tarde e o calor bate como se fosse Verão. À porta da escola Francisco de Arruda, na Ajuda, o porteiro, numa guarita, sabe tudo sobre os alunos – desde a hora da entrada à hora da saída, se faltaram ou se ainda estão presos às traquinices próprias das crianças.

As palavras do homem batem certo com a saída de José (nome fictício, tal como os de todos os outros jovens que adiante se referem). A mochila verde do puto submerge-o. Fez 14 anos em Outubro, mas o ar franzino e a altura, abaixo da sua faixa etária, rouba-lhe no mínimo dois anos. Vem na boleia da garotada do 5.º ano que vai saindo da escola e o cabelo oxigenado distingue-o dos outros. A caracterização é uma defesa dos jovens dos lares da Casa Pia.

Testemunha principal

José é a testemunha principal de mais um escândalo de abusos sexuais a jovens da instituição e já prestou depoimento no Ministério Público.

José está de castigo. Foi assim, aliás, desde que nasceu. Faz parte de um grupo de rapazes do Lar Cruz Filipe que no último ano anda fora dos eixos. O lar pertence a Santa Catarina, colado ao Instituto Jacob Rodrigues Pereira, que se dedica à educação de jovens surdos e também à de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Os rapazes faltam às aulas sem que alguém os controle. Na Casa Pia, há décadas albergue de pedófilos nacionais e estrangeiros, mais uma vez ninguém soube ler os sinais de perigo que o grupo deixava. Com o carimbo de mau comportamento, um deles foi expulso por bater em Amândio Coutinho, antigo assessor da ex-directora do Instituto Jacob, Maria Augusta Amaral.

Outro rapaz está suspenso pelas mesmas razões, só que as agressões calharam a um professor. E há ainda um aluno que fugiu.

José, o mais novo, depois de ter feito rebentar um extintor, foi mudado de lar – deixando para trás Clemente, o irmão mais velho e a única bengala de afecto.

José desce a rampa da escola tagarelando com os outros colegas. A jornalista do SOL apenas lhe merece uns segundos de desconfiança. No café em frente, regala-se com uma tosta mista que acompanha com Coca-Cola.

Às primeiras perguntas, as fartas pestanas, como cortinas de um palco em desuso, protegem-lhe a vergonha. Aos poucos solta-se das amarras do medo e rebobina um filme mau. Conta que tudo começou no Verão, ainda tinha 13 anos. Com o irmão Clemente e o amigo deste, Renato, começou a frequentar um ateliê em Lisboa, onde trabalham vários artistas plásticos.

Renato, 16 anos, através de um educador do Lar Cruz Filipe, arranjara ali um gancho. O educador, Paulo R., a quem não compete a orientação profissional dos casapianos, transgredia as regras da casa.

No ateliê, José passa a ser presença frequente a partir das quatro da tarde. Aí vê o primeiro filme porno: «António, o patrão do Renato, tinha filmes num armário. Cheguei a ver um em que homens violavam mulheres e depois matavam-nas. Depois abusavam de homens e faziam-lhes o mesmo».

Foi o colega do lar quem um dia lhe disse: «O António gostava de curtir contigo». Aos poucos, o homem foi avançando. José solta as lágrimas: «Tocava-me na pilinha e dava-me tapas no rabo».

Decidiu comentar o caso com o educador, que assistia, sorrindo: «Respondeu-me que não tinha nada de mal, que ele era sempre assim». Às vezes, era «o mestre» (como também chamam a António) quem aparecia no lar Cruz Filipe.

A seguir ao jantar, enquanto a rapaziada via futebol, o mestre subia para a zona dos quartos com o educador e dirigia-se ao pequeno: «Anda, não queres dar uma quequinha?».

Um dia, foram convidados para uma festa no ateliê. A sorte do rapazito estava nas piores mãos. José tem o ‘selo’ da maioria dos casapianos: foi internado com o irmão no Instituto Jacob com apenas quatro anos. O pai, Alberto, trabalhava nas obras. A mãe, Maria, ganhava uns tostões fazendo limpezas. Ela tinha oito filhos e ele tantos que lhes perdera a conta. Em casa, quando o dinheiro falha, o álcool impera. O pai – que agora está preso por ter violado uma sobrinha de 13 anos da nova companheira – utilizava o cinto e tudo o que lhe viesse à mão para flagelar os garotos. A mãe, sempre em ajustes com a vida, denuncia o caso à polícia e o Tribunal de Menores coloca-os ao abrigo do Estado. Um mal pior.

Festa e violação no ateliê

José enrola a fala, os olhos claros ensombram-se à medida que empurra a história. Estava na festa, e nas traseiras do ateliê assam-se sardinhas. Havia muita gente importante, até políticos. Folheia uma revista da Casa Pia e reconhece alguns. Um é conhecido por 'avô' e outro conhece-o de o ver a comprar jornais no quiosque em Belém: «Dava-nos revistas, mas nunca me fez mal».

Entre as várias mesas na festa, uma era só destinada ao seu lar. Paulo R. e a educadora Sandra estavam com duas raparigas menores e com Manuel, um colega de José. Os mais velhos serviam as bebidas e ajudavam no fogareiro. Cantava-se o fado, quando o educador lhe disse para tomar um medicamento. O miúdo estranhou: «Mas depois vou ficar com sono». E ficou. Buprex é um analgésico para dores violentas e ao mesmo tempo um opiáceo. Não é aconselhável a menores de 18 anos e provoca perturbações do foro psicológico e confusão mental.

José tombava de sono e o educador, depois de contornar uma escultura que se encontra no início da escadaria, sobe com ele o primeiro lanço: «Fiquei logo no primeiro quarto. Para cima há mais dois». O miúdo acordou com o frio. Estava quase nu e um líquido espesso colado à pele fê-lo desconfiar. Chorou muito antes de descer. Doía-lhe o corpo e desabafou com o educador, que lhe respondeu: «Isso é do crescimento e de teres suado enquanto dormias».

Quando a festa acabou, António foi à rua despedir-se dos putos. Distribuiu um chocolate a cada um: «A mim deu-me dois, porque me tinha portado bem». Quando chegou ao lar e se despiu, uma mancha vermelha de sangue nas cuecas voltou a alarmá-lo. Insistiu com Paulo R., mas este não mostrava qualquer preocupação: «Se continuar, logo vamos ao médico».

Tempos depois acordou, mas desta vez foi a mão do educador que o roubou ao sono. Do quarto tinha acabado de sair Manuel, que também tinha estado na festa. José empinou-se e perguntou a Paulo R. o que fazia na sua cama. «Ele respondeu-me que estava só a descansar».

Falar com os mais velhos do grupo foi a tarefa mais espinhosa. O jardim em frente ao Instituto Jacob – onde antigamente os surdos esperavam diplomatas das embaixadas em volta, que a troco de transístores e outras bagatelas compravam os favores sexuais dos alunos – serve de miradouro. No horário das aulas, Renato e Clemente (amigo e irmão de José) queimam aí o tempo.

A aproximação é difícil. Clemente, a quem Paulo R., quebrando mais uma vez as regras, colocou em regime de voluntariado numa organização de solidariedade social das redondezas, não põe lá os pés há muito tempo.

Ao telefone, uma voz feminina reclama: «Tinha até já decidido ligar ao educador, porque foi ele quem fez o contrato, para lhe comunicar esta situação». Na Casa Pia, como se vê, o controlo é o mesmo de antigamente.

Passados uns dias, conseguimos chegar à fala com o adolescente. Tem 15 anos e carrega no olhar um profundo sofrimento. O carapuço da camisola cobre-lhe o rosto quase por inteiro. Sem olhar a interlocutora, demonstra um total desprezo pela vida: «Nunca fui feliz, nem serei».

As denúncias do irmão esbarram nas suas defesas: admite conhecer o ateliê, onde chegou a trabalhar, mas diz que estava sempre ao computador com Renato, com quem punha poemas e anedotas na internet. As palavras são controladas ao milímetro: «Se o meu irmão foi abusado, não vi. Já lhe disse que estava sempre ao computador».

Renato é ainda mais esquivo. Abordado quase em frente ao Lar Cruz Filipe, parece ter passado uma esponja pela memória. Mais um pouco e a carapaça ferida do jovem começava a mostrar a alma. Ao nome do político referido por José, descai-se: «Isto ainda vai dar uma grande bronca».

Mas o director do Instituto Jacob aparece de surpresa. Corta o diálogo e leva-o para dentro: «Desculpe, mas o Renato anda muito perturbado e eu tenho de o proteger».

A presença constante da jornalista do SOL, nas últimas semanas, acabou por abalar a instituição. O véu do silêncio é de novo estendido. Os alunos que falaram ficam debaixo de fogo. Nos dias seguintes, aparentemente, tudo entra na rotina. Renato volta às aulas e Clemente para o voluntariado. «Estamos proibidos de falar consigo», respondem, por telemóvel. No lar, a jornalista do SOL torna-se o inimigo a abater.

Mas há sempre alguém que não dorme: foram funcionários da Casa Pia quem, há pouco mais de um ano, começou a suspeitar do comportamento de Carlos, um aluno semi-interno. O jovem saiu da instituição quando atingiu a maioridade.

Antes disso, gabava-se que não precisava que lhe arranjassem emprego, pois na casa dos artistas conhecera gente importante que lhe assegurava o pão. Até já jantara com o político – aquele que José refere como o homem que compra revistas no quiosque de Belém.

Carlos está com 19 anos, tem pouco mais de um metro e 50 e ninguém lhe dá a idade que tem. Parece um adolescente. Filho de mãe alcoólica, muitas vezes faltava às aulas com o pretexto de lhe dar apoio. Tinha repentes de mau génio. Se algum funcionário lhe tentava travar o passo quando ele queria sair, logo ameaçava: «Não sabe com quem se mete. Olhe que conheço gente muito importante». Agora, trabalha há um mês numa papelaria, tem uma Honda CBR e está a tirar a carta de condução.

Carlos diz ter conhecido os artistas plásticos do ateliê através de um ex-casapiano, amigo de Paulo R., que também lá vive. No que diz respeito a festas, foi a muitas, mas nada viu de anormal: «São gays, nós até gozamos com eles, mas são boas pessoas». Inquirido sobre o jantar com o político de renome, arranja desculpa mal amanhada: «Conheci-o no ateliê, mas nunca fui jantar com ele, nem a minha namorada deixava!».

«Eu gostava do Paulo R.»

Piores recordações guarda Manuel, 16 anos, colega de José. Sai do Instituto Jacob em direcção ao Lar Cruz Filipe. Tem um ar compenetrado e sério, que perde na abordagem. O terror domina-o: «É jornalista ou polícia?». Acalma-se aos poucos. No café, atira-se a chocolates: são parecidos aos que lhe oferecia o mestre António no ateliê.

Nesse dia – já depois de José ter falado no Ministério Público – Paulo R. já tinha sido suspenso do lar. Quando a jornalista lhe dá a notícia, ia acabando com a conversa: «Fogo! Não pode ser. Era o meu educador de referência, tinham-me dito que estava de baixa. Eu não gostava do mestre, mas gostava do Paulo R.».

Foi o educador quem o levou a primeira vez à vivenda do mestre: «Estava lá um homem velho, subi as escadas e, no quarto, meteu-me a pilinha na boca e fez-me o mesmo que fez ao José. Mas o Paulo R. não me lembro de me ter feito maldades».

Os minutos saltam sem que lhe saia palavra. O corpo treme ao menor ruído, o olhar percorre desconfiado quem passa. Tem um profundo distúrbio emocional e é medicamentado. É o regresso ao passado que o ajusta à realidade.

Dos pais nada sabe, ou não quer saber. Manuel vivia com a avó antes de entrar na Casa Pia. Entrou para o Lar Cruz Filipe em 1999, ano da sua inauguração. Nas férias, os alunos de S.Marçal, lar de surdos no Bairro Alto, juntavam-se no novo lar ou em colónias de férias.

Paulo R., colega de curso de um irmão  -  que também trabalhou no instituto -  de Amândio Coutinho, assessor da anterior directora do Instituto Jacob, fora colocado como educador no lar dos surdos, quatro anos antes. No Jacob, dizia-se à boca cheia que era o educador preferido da directora. Sem concluir os estudos como animador cultural, rapidamente chega a coordenador do lar.

Nessa altura, era protegido de Paulo R. o monitor Arlindo Teotónio - que vai ser julgado no final deste mês por abusos a raparigas e a jovens surdos, um dos quais foi também abusado por Carlos Silvino (arguido no primeiro processo).

Manuel conta que conheceu este deficiente auditivo durante as férias. E com ele esteve noutras casas. De repente, entra num discurso compulsivo, que permite completar o puzzle."

17 NOV 07   Felícia Cabrita

Investigação 33

Investigação 33 - MP colocou inspectora-chefe da PJ sob escuta


"O TELEFONE PRIVADO da inspectora-chefe da Polícia Judiciária, Ana Paula Matos, foi colocado sob escuta no âmbito do processo Casa Pia, por ordem do Ministério Público e do juiz Rui Teixeira, incidente que poderá levantar uma forte onda de indignação no seio da Polícia Judiciária.
A escuta foi pedida pelo inspector Dias André e pelo procurador João Guerra, e foi ordenada pelo juiz Rui Teixeira, tendo unicamente como base uma denúncia feita por uma mulher (alegadamente ligada ao mundo da prostituição) ao inspector da PJ, Dias André, que mantém um conflito pessoal com a sua colega Ana Paula há vários anos. O episódio assume à primeira vista contornos de vendetta pessoal, mas uma análise mais cuidada mostra-nos uma outra realidade, em que parece haver uma acção concertada em aniquilar qualquer crítica à forma como foi conduzida a investigação e recolha de provas no processo da Casa Pia. O conflito entre Dias André, Rosa Mota e a sua colega Ana Paula data de há uns sete anos. Em 1997 e 1998, Ana Paula e os seus colegas fizeram um levantamento exaustivo de jovens e crianças que se dedicavam à prostituição no Parque Eduardo VII, Rossio e Príncipe Real, em Lisboa, tendo organizado um ficheiro de arrumadores e arrebentas, com cerca de 800 fichas. Mais de metade eram de prostitutos, muitos dos quais tinha iniciado a actividade aos 10, 11 e 12 anos. Muitos deles eram casapianos. Em cada uma destas fichas constava o nome do jovem, apelido, morada e traços físicos. No verso da ficha, uma fotografia do jovem, tirada nas instalações da PJ, no segundo andar, junto a uma porta, mesmo ao lado do gabinete da inspectora Rosa Mota, que chefiava a secção de Ana Paula.

Também o SIS se interessou pelo assunto, justificando-se isso com uma tese que apontava para a «existência de um lóbi homossexual, suprapartidário e suprareligioso, acima do Opus Dei e da maçonaria, que teria como fio condutor as suas ligações homossexuais e, em alguns casos, até pedófilas. Este lóbi tinha uma força real ao nível político e económico sendo que as suas acções com crianças, passíveis de serem alvo de extorsão, podiam colocar em causa a segurança nacional» -- segundo fonte próxima dos Serviços de Informações.

Parte da informação recolhida pelo SIS teve como fonte a PJ, nomeadamente este ficheiro organizado e compilado pela secção de Ana Paula, dirigida por Rosa Mota, hoje destacada para o processo Casa Pia juntamente com os inspectores Dias André, José Alcino e Fernando Baptista.

Por essa altura, em 31 de Março de 1998, a inspectora-chefe Ana Paula recebe uma chamada de uma mulher que denunciava a existência de um grupo de assaltantes, prostitutos e chantagistas que actuavam no Parque Eduardo VII, chefiados por um tal João Alves. Do grupo faria parte o seu filho Rui[zinho], casapiano, na altura com uns 12 ou 13 anos de idade, mas já assaltando de arma em punho.

Bastaram poucos dias para os agentes da PJ descobrirem a identidade da mulher, uma alegada prostituta chamada Antónia, que, segundo uma testemunha, mantivera relações com João Alves, o chefe do gang a que o filho pertencia e que ela agora denunciava, porventura motivada por vinganças pessoais.

Desse gang do Parque fazia parte também um outro jovem com alcunha de Piriquito, também ele casapiano, tido como prostituto “de gente muito importante, políticos de direita” – segundo vários frequentadores do Parque. Mas a questão nunca foi cabalmente investigada pelo MP, que decidiu apressadamente arquivar partes do processo do Parque, que poderiam descobrir uma verdadeira rede de abusos sexuais a menores.

Nessa altura, o procurador do MP era um tal João Ramos que, curiosamente, foi a quem Rosa Mota enviou o actual processo da Casa Pia, em Novembro de 2002, alguns dias mais tarde entregue a João Guerra.

Este procurador João Ramos, conhecido nos meios gay de Lisboa, decidiu na altura do processo do Parque o arquivamento dos autos relativos a crimes de abusos sexuais, avançando exclusivamente com as acusações por roubo. Ana Paula e os seus colegas conseguiam desmembrar o gang do Parque, mas não logravam que se investigassem a fundo os abusos sexuais a menores e redes de extorsão.

Também Rosa Mota fizera-lhe saber que não queria que se metesse nesse tipo de investigação. As relações azedam-se.

Ainda investigavam este processo quando, em Novembro de 1998, a inspectora Ana Paula foi afastada da sua secção. «De repente começaram a surgir processos contra ela, até que foi afastada», conta-nos um operacional que trabalhara a seu lado. «Um seu superior chegaria mesmo a dizer-lhe que a melhor forma de a proteger era afastá-la dali o mais depressa possível», refere-nos a mesma fonte.

Três dias depois de Ana Paula sair, no dia 21 de Novembro, entra Dias André, que se iniciara na PJ como motorista. A partir desse momento, seria ele a dirigir a brigada que se ocupava de assaltos e furtos, sob as ordens de Rosa Mota. O certo é que nunca mais se ouviu falar de alguma investigação sobre a prostituição juvenil ligada aos assaltos, e seus tentáculos laterais, sobretudo a extorsão.

Três anos depois de Ana Paula ser afastada, Rosa Mota e Dias André mudam-se surpreendentemente para a 2ª secção, responsável pela investigação dos crimes sexuais. A base de dados contendo parte das cerca de 800 fichas iria na bagagem de Dias André, (algumas centenas tinham sido deitadas para o cesto do lixo), que manteve sob sua alçada esta base de dados ilegal durante todos esses anos, até ser descoberto pelas chefias, na sequência de um artigo publicado no EXPRESSO, em Agosto de 2003, onde se denunciava a existência do ficheiro.

Quanto a Ana Paula, relegada para prateleiras sucessivas, com processos disciplinares, ficou-lhe (segundo alguns seus colegas) a memória de Dias André e Rosa Mota, como «inimigos» viscerais.

É com este «enquadramento histórico» que deve ser vista a decisão de colocar sob escuta o telefone de Ana Paula. O argumento escolhido foi um providencial encontro entre Dias André e Antónia, a tal mulher que esteve na origem do processo do Parque,. Diz este que em 31 de Setembro de 2003 foi contactado por Antónia às 21:30 horas, a qual lhe terá contado “uma longa história” sobre uma abordagem feita na véspera pela inspectora-chefe Ana Paula, pedindo-lhe dados sobre um tal Piriquito, um Paulo e um tal Steve, todos eles personagens relacionados com o Parque Eduardo VII.

Segundo Dias André, Antónia disse-lhe que Ana Paula lhe contara que a investigação da Casa Pia estava a ser mal conduzida, que os arguidos estavam inocentes e que lhe prometera algum dinheiro a troco de «alguns elementos sobre indivíduos conhecidos do seu filho Ruizinho e na altura em que aquele foi abusado sexualmente.»

Ana Paula é tida como uma das profissionais da PJ que melhor conhece os meandros da prostituição juvenil. Se o que a prostituta contava era verdade e se existissem de facto esses «elementos sobre indivíduos», porquê então colocar o telefone de Ana Paula sob escuta, em vez de chamá-la a depor e com ela descobrir esses mesmos elementos, que podiam permitir apurar a verdade?

Por isso, a acção contra Ana Paula pareceu sobretudo visar a paralisação de acções que pudessem colocar em causa a investigação ao processo da Casa Pia, e o episódio deixa sérias dúvidas sobre se o testemunho da inspectora-chefe não poderia, afinal, descobrir o que a investigação actual do MP negligenciou.

Mas o argumento usado para colocar o seu telefone sob escuta foi o de «favorecimento pessoal». O mesmo tipo de argumento usado contra Ferro Rodrigues, para também colocar os seus telefones sob escuta.

Não obstante a nossa insistência, não conseguimos até ao momento obter uma reacção da inspectora-chefe Ana Paula."


in Reporter X de Jorge Van Krieken, entretanto desactivado pela PJ

Casos estranhos da informação na Internet - Herman José, Valente Oliveira, António Costa

"Herman José foi noticado, esta tarde, para prestar declarações no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP)pela equipa de procuradores que investiga o processo Casa Pia.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário Herman José irá ao DIAP não na qualidade de testemunha abonatória, mas sim enfrentando a possibilidade de ser constituído arguido.
Herman José disse à SIC que recebeu uma notificação «para ser ouvido como testemunha no âmbito do processo de Carlos Cruz», um dos suspeitos em prisão preventiva, o que, adiantou, fará «com muito gosto».
A notificação foi-lhe entregue hoje à tarde nos estúdios da Valentim de Carvalho em Paço d' Arcos, quando se preparava para iniciar os ensaios do programa «Herman SIC» de hoje.
O programa, que vai para o ar em directo na SIC às 22:00 tem como convidados os ex-casapianos Adelino Granja e Pedro Namora, que se notabilizaram na denúncia dos alegados casos de pedofilia contra alunos da Casa Pia.
Nas declarações à SIC, Herman José mostrou-se sereno, confiante e interessado em colaborar com a justiça, já que, disse, terá «muito prazer» em explicar «olhos nos olhos» a quem investiga o caso por que razão pensa que «há qualquer coisa que não bate certo» na detenção de Carlos Cruz, um «chefe de família» e pessoa que conhece há mais de 30 anos.
«É natural que, numa investigação séria, haja interesse em ouvir aquilo que eu quero dizer», afirmou.
Contudo, «da maneira como as coisas estão não me admiraria que me acontecesse como a outras figuras que têm sido surpreendidas com estes acontecimentos», observou Herman José.
No âmbito do processo sobre abuso sexual de menores da Casa Pia de Lisboa, estão em prisão preventiva sete suspeitos: o deputado e porta-voz do PS, Paulo Pedroso, o apresentador Carlos Cruz, o embaixador Jorge Ritto, o ex-provedor-adjunto da instituição Manuel Abrantes, o médico Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal e o antigo funcionário casapiano Carlos Silvino («Bibi»).
O comediante adiantou que, como figura pública que é, está «habituado» a prestar declarações e mesmo a depor em tribunal.
Prestar declarações «é uma coisa que até me aconchega, é uma coisa que eu faço sempre com algum conforto», disse.
«O que eu não gosto é de ir a hospitais», concluiu Herman José."
in IOL 26-05-2003
Leia sobre este tema:
Pois bem, gostaríamos imenso de ler sobre isto. Mas a do Herman José ainda está on-line, mas as outras duas já não estão. Deveras curioso, não?

"Inspector Dias André confrontado com escutas a Paulo Pedroso" - Jun 2006

"A juíza que preside ao julgamento do processo Casa Pia aceitou que o inspector chefe da PJ Dias André fosse confrontado com escutas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz.
O inspector da Policia Judiciária, Dias André foi, esta segunda-feira de manhã, confrontado com escutas feitas ao ex-deputado Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz e a dois antigos ministros de Durão Barroso.
O pedido tinha sido feito por José Maria Martins, advogado do arguido Carlos Silvino, com o objectivo de provar que Carlos Cruz manipulou e falseou elementos de prova durante as investigações.
Nas escutas realizadas a Paulo Pedroso é referido que Carlos Cruz comprou primeiras páginas da revista «Focus». Confrontado com estes elementos, o inspector-chefe Dias André disse lembrar-se que havia imprensa, nomeadamente essa revista, que atacava ou defendia determinados arguidos fazendo contra-informação.
O advogado de Carlos Silvino perguntou ainda à testemunha se teve conhecimento se algum dos arguidos tentou abafar o processo envolvendo outras pessoas, citando especificamente os nomes dos ministros Valente Oliveira e Paulo Portas, os dois nomes mencionados nas escutas telefónicas feitas a Paulo Pedroso.
A resposta de Dias André foi evasiva. O inspector da PJ limitou-se a dizer que surgiram referencias a figuras de outro quadrante político para além do Partido Socialista e que a investigação não conseguiu apurar a veracidade dos comentários que envolviam Paulo Portas no processo Casa Pia
Questionado pela TSF, Frederico Valarinho, actual director da revista que, na altura, ainda não estava em funções, desmente categoricamente que a «Focus» alguma vez tenha publicado, a troco de dinheiro, notícias encomendadas por Carlos Cruz.
«Esta acusação apanha-me de surpresa mas, logicamente, vamos averiguar de onde partiu a informação e dentro do que está previsto na lei vamos agir contra as pessoas que põem em causa nossa ética e a nossa deontologia profissionais», disse.
Perante a acusação de que a revista fez contra-informação, Valerim diz apenas que a revista age dentro da lei e das regras deontológicas e que a revista «fez jornalismo honesto como tenta fazer todas as semanas»."

in TSF

Mais uma vez, Paulo Portas e Valente de Oliveira esquivam-se bem. No documento "dito imaginário" eles também são citados. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Processos perdidos no Supremo

"Processos perdidos no Supremo

Ministério Público investiga vários volumes desaparecidos no Supremo Tribunal de Justiça.

Vários volumes de pelo menos quatro processos desapareceram nas instalações do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A falta dos documentos foi notada em Maio e o caso, depois de esgotados todos os meios internos de investigação, foi comunicado ao Ministério Público e ao Conselho de Oficiais de Justiça.
Dois dos volumes desaparecidos pertencem a um processo em que terão sido desviados quatro milhões de euros por dois sócios de uma empresa leiloeira. Os dois homens, que trabalhavam com vários tribunais na venda de património de empresas falidas, levavam imóveis a leilão, mas depositavam o dinheiro das transações nas suas contas pessoais. Os factos terão ocorrido entre 2000 e 2003. Um dos arguidos conseguiu fugir para Moçambique e nunca voltou.
O desaparecimento dos dois volumes em falta, de um total de 21 que constituem o processo, foi comunicado ao presidente do STJ a 13 de Maio, por correio eletrónico. "De imediato, fez-se um visionamento total da informação recolhida pelas câmaras de videovigilâncias existentes, sem se ter obtido qualquer resultado concreto", explicou ao Expresso, por escrito, Noronha do Nascimento, presidente do STJ.
Ao mesmo tempo, vários funcionários começaram a procurar os documentos no edifício da Praça do Comércio, em Lisboa. Não só não conseguiram encontrá-los como perceberam que havia mais volumes - de outros processos e de outras secções criminais do Supremo - que não estavam onde deveriam estar. "Houve mais alguns processos desaparecidos, poucos. Já todos eles tinham sido decididos definitivamente", esclareceu Noronha do Nascimento. O caso foi comunicado ao Conselho de Oficiais de Justiça e, em 16 de junho de 2010, à Procuradoria-Geral da República."

in
Ricardo Marques (www.expresso.pt)
13:50 Terça feira, 21 de Setembro de 2010

E depois ainda dizem que os conspiradores e criativos somos nós...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Processo Judicial Casa Pia

Aguardamos ansiosamente pela publicação do Processo na totalidade pelo arguido Carlos Cruz no seu site. Será motivante compará-lo com posts anteriores.

sábado, 18 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Iate Apollo

O Iate Apollo para quem não sabe era um barco da Cientologia e dizem uma fachada da CIA, frequentemente estava no Funchal e em Lisboa. Era intocável. Esta reportagem saiu na TVI:

"2003-06-17

Exclusivo TVI
Navio do terror
Um barco alegadamente utilizado para práticas pedófilas e rituais satânicos esteve atracado em Portugal.

Um navio de nome «Apollo» foi utilizado em águas portuguesas para fotografar e filmar crianças em cenas de sexo. As crianças eram ainda sujeitas a rituais satânicos.
O navio, que alegadamente servia de fachada para práticas pedófilas, terá passado por Lisboa e atracado, durante alguns dias, na Madeira. Tudo indica que uma seita poderosa esteja envolvida nesta rede, que terá escolhido Portugal como um dos roteiros.
Milhares das imagens recolhidas no «Apollo» estarão actualmente a ser vendidas e trocadas entre pedófilos. Sobreviventes do «Apollo», na altura ainda crianças, relatam agora histórias de verdadeiro terror.
A TVI tentou obter esclarecimentos da Polícia Judiciária sobre este caso, mas a PJ não se disponibilizou para o fazer. Mas a TVI sabe que, na altura em que o «Apollo» atracou no Funchal, organizações não governamentais que lutam noutros países contra a pedofilia, denunciaram a situação às autoridades da Madeira. A TVI apurou também que a PJ da Madeira chegou mesmo a fazer algumas diligências, mas que acabaram por não dar em nada. A TVI sabe ainda que, quando as investigações começaram, o navio zarpou para outras paragens. "

Nunca mais a TVI falou deste assunto. O tema Pedofilia associado a rituais satânicos não interessavam à Estação TVI? Estranho, no mínimo.

E-mail reencaminhado de um computador da Policia Judiciária

Alguns de vós não sabe ou não se recorda. Mas foi notório que muita gente tentou passar informações cá para fora para ver se alguém pegava nelas e fizesse algum barulho. Este e-mail que foi enviado para vários orgãos de informação é sublime.

Leiam que vale a pena:

"1- Eurico de Melo é o deputado europeu identificado no Caso do Parque. Chegou a ser assinalado por comportamento pedófilo em Bruxelas pela Interpol. Desapareceu da vida política por isso. Porque é que CunhaRodrigues e Laborinho Lúcio abafaram o caso?> >
2- Porque é que vários prostitutos do Parque Eduardo VII (alguns da Casa Pia) identificaram Paulo Portas e a PJ os ignora?> >
3- Porque é que se reacende a "ligação" Paulo Portas/CinhaJardim?> >
4- Porque é que o Conselho de Ministros manteve completo silêncio até hoje sobre a denúncia do Le Point, reiterada por Rui Araújo na SIC, de que há dois ministros pedófilos no governo?> >
5- Porque é que Adelino Granja e principalmente Pedro Namora pediram tão insistentemente a demissão do ministro da Saúde?> >
6- Que ligações existem entre Jorge Coelho e Paulo Portas?> >
7- Porque é que Jorge Coelho, enquanto ministro da Administração Interna telefonou às 4 da manhã para o Director Nacional da PSP para obrigar os agentes que levaram Paulo Portas para a esquadra a "esquecer"tudo? Os dois agentes surpreenderam Portas no Parque Eduardo VII, ignoraram o seu estatuto dedeputado e levaram-no para a esquadra?> >
8 - Qual o papel da Dr.ª Fátima Galhardas, mulher do ex-director do SIS, TellesPereira, na escolha da "Casa de Elvas"? Ela é a Delegada do Ministério Público em Elvas e a responsável pela entrega de crianças aos cuidados das amas da Segurança Social. Gertrudes Nunes, dona da "Casa de Elvas", era ama da Segurança Social - que coincidência!> >
9 - Porque é que há alunos da Casa Pia que não quiseram voltar à PJ para serem interrogados de novo?> > 10 - Porque é que os interrogatórios feitos por Dias André e Rosa Mota a alunos da Casa Pia não foram gravados em vídeo ou pelo menos em áudio como acontece em qualquer país civilizado? > > Tiveram medo de registar a violência? Leia-se Barra da Costa, ex-investigador da PJ, no Correio da Manhã de 4 a 8 de Agosto.> >
11 - Que relações existem entre o inspector Dias André e o Eng.ª Miguel Paes do Amaral com Felícia Cabrita no meio?> >
12 - Qual o papel da TVI e o Portugal Diário (Media Capital=Paes do Amaral) neste processo?> >
13 - Que sabe a PJ sobre José Eduardo Moniz enquanto Director de programas da RTP, sua sociedade com Vasco Lourinho em Espanha quando este era correspondente da RTP e com um ex-director da TV Globo, a quem comprava as telenovelas, e que é seu actual sócio com António Parente e Paes do Amaral, no Brasil?> >
14 - Quem são os jornalistas envolvidos neste complot? Quem são os colaboradores da PJ e quem são os que são pagos? Porque é que Tânia Laranjo só agora descobre que andou a ser enganada pela sua muito credível fonte do Ministério Público?> >
15- Porque é que a TVI não consegue ou não pode aprofundar o caso do barco Apollo?> >
16 - Quem são as figuras públicas que aparecem num vídeo feito a bordo de um iate ao largo da Madeira e que está guardado ou foi destruído pela PJ?> >
17 - Quem é a sorridente figura pública que arranjava rapazinhos para o embaixador Carlucci, pedófilo tão compulsivo que chegava a ter ataques de fúria quando não o "serviam"?> >
18 - Porque é que Lisa Albarran era visita regular da Casa Pia e é amiga íntima do célebre "Valquíria", o monitor Paulo César, proxeneta e pedófilo do Colégio Nuno Álvares?> >
19 - Porque é que Lisa Albarran declarou numa entrevista à revista Ego que "também podia dizer que o Artur engatava rapazinhos... o difícil é provar"?> >
20 - Porque é que Lisa Albarran escreveu uma carta de conforto a Bibi e o quis ir visitar? Porque é que a direcção da Cadeia não autorizou?> >
21 - Porque é que José Martins, advogado de Bibi, é o novo advogado de Lisa Albarran?> >
22 - Porque é que Catalina Pestana afirmou que havia jornalistas e outras pessoas a pagar a alunos para, mentindo, denunciar certas pessoas e nunca disse quem são esses jornalistas nem os outros que pagavam? E porque é que de repente, passou a dizer que os alunos não mentem?> >
23 - Porque é que Dias André e Rosa Mota mostraram fotos de Valente de Oliveira, Narana Coissoró e Mota Amaral a Bibi e a alunos da Casa Pia? Porque é que mudaram para as fotos de José Sócrates e João Soares? E depois só Paulo Pedroso?> >
24 - Quem não "permitiu" que Ferro Rodrigues fosse preso e constituído arguido tendo esse acto levado à prisão de Paulo Pedroso?> >
25 - Onde pára o mega-processo contra António Moura Santos (ex-cunhado de Guterres) abafado por Cunha Rodrigues que o entregou a SoutoMoura? Processos de corrupção que ainda vêm do tempo da Alta Autoridade.> >
26 - Que ascendente(s) tem João Guerra sobre Souto Moura? Que segredos lhe conhece?> >
27 - Que segredos de Souto Moura tem Cunha Rodrigues?> >
28 - Que sabe ou que ligação tem Cunha Rodrigues ao tráfico de órgãos humanos na Casa Pia? (A notícia do Semanário tem fundamento.)> >
29 - Que segredos unem Cunha Rodrigues a Laborinho Lúcio?> >
30 - Onde param as fotos "eróticas e pornográficas" de Felícia Cabrita com o Capitão Roby? E que outros telhados de vidro tem ela que a obrigam a "colaborar"?> >
31 - Que é feito do processo do envio de crianças abusadas da Casa Pia de Lisboa para Angola (1975/76) pela Dr.ª Odete Sá (PCP) que agora é braço direito de Catalina Pestana que até aqui detestava? > >
32 - Quem é o senhor Meira, Presidente do Casa Pia Atlético Clube e porque é que convidou Demétrio Alves para o discurso de abertura do ano lectivo em 2001?> >
33 - Porque é que Demétrio Alves, que arranjou emprego a Pedro Namora (PCP) na Câmara de Loures, afirmou nesse discurso que daí um ano "esta Casa Pia não existiria"?> >
34 - Porque é que Catalina Pestana se foi oferecer a Bagão Félix para ser ela a Provedora depois da saída de Luís Rebelo, cortando assim as hipóteses de Demétrio Alves que tinha tudo preparado para o "assalto" com Pedro Namora, Odete Sá e talvez Adelino Granja embora este seja visto como "inferior e tontinho" pelos outros?> >
36 - Que ilegalidades tem a Quinta do Infantado em Loures, construída em terreno agrícola no tempo de Demétrio Alves?> >
37 - Quantos quilos de cocaína negoceia por ano Bibi, o do Benfica? Que ligações tem ele na PJ que até lhe escondem o cadastro?> >
38 - Que ligações tem Demétrio Alves com Pedro Namora? Porque é que o vereador do Turismo (PCP) de Odivelas levou para lá Pedro Namora?> >
39 - A Maçonaria perdeu controle da Casa Pia para a Opus Dei?> >
40 - Porque é que o procurador João Guerra perguntou a vários interrogados: você é da Maçonaria?"> > 41 - Porque é que quis saber se João Soares Louro é da Maçonaria?> >
42 - Porque é que os casapianos ilustres estão calados? Por exemplo: João Soares Louro (Maçonaria), Maldonado Gonelha (Maçonaria), Videira Barreto (Maçonaria).> >
43 - Porque é que Videira Barreto vive aterrorizado e não fala, sabendo tudo o que se passava na CPL?> > 44 - Existe uma "Santa Aliança" dentro da Casa Pia entre os Católicos (Opus Dei ou não) PCP?> >
45 - Porque é que João Guerra está a "eliminar" juizes para que não lhes seja distribuído o processo, utilizando o truque de os ouvir como testemunhas sobre "assuntos laterais" (já lá vão três!) e assim impossibilitando-os legalmente? > >
46 - Porque nem o CDS/PP nem o PSD têm indiciados de pedofilia?> >
47 - Porque é que Durão Barroso fez questão em demonstrar tanta confiança em Souto Moura e Jorge Sampaio chama tão frequentemente o PGR? > >
48 - Qual o verdadeiro significado das palavras de António Costa para Ferro Rodrigues sobre o PGR, no telefonema entre os dois recentemente divulgado? O que prometeu Souto Moura?> >
49 - Porque é que o juiz Rui Teixeira andou à procura de alguém que denunciasse Narana Coissoró e não conseguiu?> >
50 - Porque é que uma funcionária da Casa Pia não diz o que ouviu certa noite, cerca das 9 horas, o Mestre Américo a dizer a umas crianças, numa camarata, obrigando-os a levantarem-se?> >
51 - O que sabe o Bibi de Adelino Granja e Pedro Namora e não quer confessar (um casapiano não denuncia os seus irmãos?...)> >
52 - Se Bibi transportava elementos do Casa Pia Atlético Clube (presidido pelo Sr. Meira) e da Banda de Música, sempre com requisição, de um Director ou responsável como qualquer motorista; e se ninguém podia sair sem autorização do Director, que o porteiro conferia, quem o autorizava a sair, na carrinha, com alunos para os seus "clientes"?> >
53 - Se o porteiro tinha que registar 24 horas por dia as saídas e entradas de qualquer veículo (mesmo exterior à Casa Pia) como é que o Bibi podia fugir a esse controle?> >
54 - Quem foi a senhora toda chique, com ar de "tia" que foi visitar o Bibi a Caxias e implorar-lhe para que não falasse do seu grupo?> >
55 - Quem paga os advogados de Bibi?> >
56 - Que segredos guarda a meia-irmã de Bibi, Isabel Raposo, na Holanda? De que é que tem medo e que acordo fez com Dias André e RosaMota? > > > > "ou é a verdade ou deviam estar a escrever argumentos para Hollywood".> > Enfim, fico sem saber o que dizer. Mas posso garantir duas coisas:> > 1) O dono de uma empresa que detém laboratórios de análises clínicas confirmou-me que Ferreira Diniz utilizava o seus serviços para efectuar análise de hepatites e outras doenças sexuais a miúdos (ele nunca chegoua saber quem eram).> > 2) A pessoa responsável pela logística das deslocações da equipa de futebol da Casa Pia viu, por diversas vezes, Carlos Cruz a falar com Bibi. "

domingo, 12 de setembro de 2010

Post do Blog do José Maria Martins

"Quinta-feira, 15 de Julho de 2010



Catherine Deneuve ao Poder!
Catherine Deneuve anda activa!
Já não no Parque, mas noutros palcos...
Que vergonha a "menina" conseguir botar faladura.
Depois de se saber que é corrupta... e deveria estar presa, note-se!
Pobres portugueses!


Publicada por josé maria martins em 23:05"
 
Isto depois de a principal notícia do dia 15-07-2010 ter sido:
 
"Portas pede para Sócrates sair e sugere Governo PS/PSD/CDS-PP"
 
 
Ou seja, o advogado José Maria Martins admitiu que sabe que a notícia do Le Point é correcta e que Paulo Portas seria a "Catherine Deneuve". Mais claro que isto é impossível.

Catalina Pestana - Entrevista ao SOL

"Quanto às oposições, o meu sentimento é que esta votação ultrapassa muito os partidos e que algumas alterações foram lideradas por outra forma que as pessoas têm de se organizar...mais discreta", disse também Catalina Pestana, que foi questionada se se estava a referir à Maçonaria.

"O vosso director [do "Sol"], José António Saraiva, num artigo que escreveu, foi a primeira pessoa a dizer que muitos casos que ocorreram no processo Casa Pia foram reflexo das guerras na Maçonaria. Mesmo assim, eu não digo 'a Maçonaria', mas sim alguns sectores da Maçonaria. Porque a Maçonaria não é uma associação de malfeitores mas tem um defeito tenebroso: os seus elementos protegem-se todos uns aos outros", declarou a ex-provedora.  "Se nos partidos todos acharam que este Código Penal e este Código de Processo Penal eram muito bons, então a sociedade civil tem de se organizar para defender pelo menos aqueles que não têm ninguém adulto que os defenda", frisou Catalina Pestana, para anunciar a criação, em Janeiro próximo, de uma Rede de Cuidadores para defender as crianças de eventuais abusos.  "Eu, sozinha, não sou ninguém. Mas com alguns outros, que espero que sejam muitos e das mais diferentes profissões, estamos disponíveis para criar uma associação de cuidadores, para ajudar o Estado na protecção das crianças institucionalizadas, de Norte a Sul do país. Mas não é uma ONG (organização não-governamental) dependente financeiramente do Estado. Será uma ONG independente. Irá intervir ao nível da formação de técnicos que trabalham com as vítimas, terá também apoio jurídico e uma casa para que as vítimas não tenham de voltar à casa do abusador para dormir", explicou.  A ideia da Rede de Cuidadores - referiu - "decorre do processo Casa Pia: a uma rede de abusadores só consegue opor-se uma rede de cuidadores".
"Chegou a dizer que a verdade do processo Casa Pia seria igual a um terramoto. Qual foi, afinal, a intensidade do abalo?", foi outra pergunta colocada a Catalina Pestana.
E a resposta foi: "Um terramoto de grau sete. Quando se fizer a história deste processo, todos verão que se houvesse legislação que permitisse investigar tudo o que foi dito a mim, à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, o terramoto teria consequências devastadoras". À pergunta se "tenciona divulgar" nomes de pessoas alegadamente envolvidas em actos de pedofilia com alunos da Casa Pia, Catalina Pestana disse: "Quando isso acontecer, eu já cá não estarei. Vou deixá-los a quem há-de ficar vivo, para só daqui a 25 anos os publicar, como a lei diz".

Catalina Pestana afirmou que vai deixar essa lista de nomes "a alguém de confiança absoluta".
Quanto à reestruturação da Casa Pia de Lisboa, implementada pelo actual Governo, considerou que "foi a oportunidade perdida" para a instituição.
Catalina Pestana foi nomeada provedora nos finais de 2003 (após ter rebentado o escândalo de pedofilia com alunos da instituição que está em julgamento no Tribunal do Monsanto, em Lisboa, com sete arguidos) e abandonou o cargo a 11 de Maio deste ano, aposentando-se.
Antes disso, Catalina Pestana trabalhou na Casa Pia durante 12 anos (entre 1975 e 1987), exercendo funções de professora, directora de um dos colégios e assessora da administração."

Espantoso. Outra que sabe quem são os poderosos (que não foram julgados), mas que não diz quem é. Só quando estiver morta daqui a 25 anos. Esta Srª, tal como a Teresa Costa Macedo é uma devota católica e devota também do Bagão Félix. Quando sairam as penas dos Carloz Cruz & Companhia, ela disse que para ela e para os miúdos tudo tinha acabado. Então e os outros monstros pedófilos de que ela afirma saber quem são??

Mas está tudo a gozar connosco?

Será que são senhores também "católicos" e conservadores? Provavelmente. Porque dos esquerdistas do PS, desses malandros, saem diversos nomes todos os dias sem o mínimo problema.

Ela dá a entender também que a Casa Pia é um negocio paralelo da Maçonaria. Ora, como se sabe, a Maçonaria está associada ao PS, principalmente. O escândalo rebentou quando o Governo Santana-Portas tomou conta do Pais. Pelo que dizem, foi a tomada do Poder pela Opus Dei. Daí que também só tenham saido cá para fora nomes de eventuais pedófilos Socialistas, com excepção feita do Prof. Narana Coisoró, que surje citado variadíssimas vezes.

sábado, 11 de setembro de 2010

Teresa Costa Macedo

Representante de Portugal no Vaticano, vejam lá vocês. Diz que viu fotos pornográficas pedófilas com 2 ministros do tempo da AD...mas a Polícia que investigue. A Felicia Cabrita viu tudo também e que sabia inclusivé de outros nomes poderosos e de um cavaleiro tauromáquico envolvido. Mas a montanha pelos vistos pariu um rato. Condenados contam-se pelos dedos....onde andam esta gente? Onde?

Le Point

"Au fil de confidences savamment distillées, on apprend par exemple que tel ministre du PSD (droite), catholique austère et affiché, est un pédophile notoire qui faisait régulièrement des virées en Allemagne ou aux Pays-Bas pour apaiser ses démons. Ou que tel autre ministre, membre de la coalition au pouvoir, est surnommé « Catherine Deneuve » dans les parages du parc Edouard-VII, haut lieu de drague homo auprès de très jeunes gens à Lisbonne."


Publié le 18/01/2007 Le Point



Scandale
Les ballets bleus du Portugal
Par Nicolas Baverez

http://www.lepoint.fr/archives/article.php/38457

Palavras para quê?

Moita Flores

Nós recordamo-nos muito bem de um artigo escrito pelo Moita Flores no jornal O Crime, em que ele afirma peremtoriamente que o Ferro Rodrigues foi "entalado" pela Direita do PS para que fosse manchado no Processo Casa Pia de forma que não fosse Primeiro-Ministro. E que na cabeça desse polvo ( à Queiroz) estaria o António Costa, actual Presidente de Câmara de Lisboa. Isto foi escrito e assinado. Ninguém comentou ou desmentiu.

Como é possível não se comentar tal artigo!!!?

Paulo Portas - qual o seu papel?

Qual é o personagem que surge no Caso Moderna, Portucale, Submarinos e Casa Pia e nunca sai beliscado? Paulo Portas.

É dirigente de um Partido Conservador, de índole homofóbica e que defende a Família tradicional e a Igreja. E hipocrisia das hipocrisias é homosexual. Inclusivé, um de nós já o viu no "engate" em vários locais, sendo que o alvo são sempre rapazes na casa dos 20 anos. Namora, ou namorava com um deputado também do CDS de nome João Rebelo. Isto é um facto. Comprovado por familiares de João Rebelo. Não é diz que disse, é um facto. Aliás o Lux é um recreio que bem conhecem...ambos.



Como é que um jornal de investigação sério francês afirma, com provas, que 2 ministros da coligação PPD-CDS são habitués do Parque Eduardo VII e absolutamente nada se faz, ou se escreve em Portugal?


Tudo isto são pérolas para quem adora as Teorias da Conspiração.